segunda-feira, 4 de março de 2013

Renúncia do Papa Bento XVI tem a ver com ‘corrupção e sexo’ no Vaticano, afirma jornal italiano


Renúncia do Papa Bento XVI tem a ver com ‘corrupção e sexo’ no Vaticano, afirma jornal italiano




O jornal italiano La Repubblica publicou na quinta-feira informações a respeito dos reais motivos da renúncia de Bento XVI. De acordo com o jornal, os cardeais Julián Herranz, Jozef Tomko e Salvatore de Giorgi elaboraram um relatório sob encomenda do papa que denunciava uma rede de corrupção, sexo e tráfico de influência no Vaticano.

O relatório foi elaborado após o vazamento de documentos confidenciais no início de 2012 que revelam a existência de uma trama de corrupção, nepotismo e favoritismo dentro do Vaticano – escândalo que ficou conhecido como Vatileaks. O novo relatório, de 300 páginas, revela um sistema de “chantagens” internas baseado em ambições pessoais, desvio de dinheiro, promiscuidade e prostituição homossexual.

Durante oito meses os cardeais entrevistaram prelados e laicos e definiram que existem diversos grupos dentro do Vaticano que pressionam uns aos outros. Em especial um que chantageava impropriamente outros por sua homossexualidade. “Pela primeira vez a palavra homossexualidade foi pronunciada no gabinete papal”, escreveu o jornal italiano.

Segundo reportagem do jornal O Globo, o desgaste físico dos 85 anos do papa pesam na sua resignação tanto quando esse dossiê. O jornal aponta que as páginas do relatório enterraram de vez o pontificado de Bento XVI sendo consideradas pelo La Repubblica como o argumento definitivo para a renúncia do atual pontífice.

O padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, não quis comentar a reportagem do La Repubblica e afirmou que nenhum dos cardeais envolvidos cederá entrevista. “Não esperem comentários, desmentidos ou confirmações sobre este tema”, respondeu Lombardi. “Fantasias, invenções, opiniões”, completou, dando a entender que tudo não passa de uma especulação.

O diretor do canal de televisão TV2000, Dino Boffo, insistiu em dizer que a decisão do Papa de deixar se destina a “pôr fim a uma gestão do poder que pode escandalizar os humildes”, disse ele, ao comentar sobre os rumores do peso do dossiê sobre o papa. “Eu acho que a Santa Sé deveria se livrar do hábito infame de cartas anônimas sem assinaturas e sem remetentes”, acrescentou.

 

Fonte: The Chiristian Post

 Escrito por Daniel Albino em . Em: Religiões

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